“Diocese de Sobral convida coletiva de imprensa

Coletiva tratará dos principais obejtivos da 16ª Romaria da Terra

Diocese de Sobral sediará 16ª Romaria da Terra do Ceará

Terra, água, comunhão: Bem viver em nosso chão

Diocese de Sobral organiza últimos preparativos da Romaria.

Diocese se organiza para acolher os romeiros

Diocese de Sobral se prepara para a 16ª Romaria da Terra

Diocese de Sobral realiza primeira reunião em preparação para a romaria

CPT CEARÁ REALIZA 23ª ASSEMBLÉIA REGIONAL


Foto: Thiago Valentim/CPT

Nos dias 05 e 06 de dezembro de 2012, na Casa de Encontros Cristo Rei, em Fortaleza, 36 agentes da CPT Ceará reuniram em Assembléia Regional, vindos das dioceses de Crato, Iguatu, Quixadá, Fortaleza, Itapipoca, Sobral e Crateús. A Assembléia é um momento muito importante na caminhada da CPT, pois seus agentes se reúnem para analisar a conjuntura política, social, cultural e eclesial, avaliar a caminhada, tomar decisões importantes para a instituição e se planejar para o futuro.

Com a colaboração de Pe. Maurizio Cresmachi, os participantes debateram sobre a seca deste ano e de como as alternativas de convivência com o semiárido estão contribuindo para melhorar a vida dos camponeses e camponesas. Através das "palavras de dizer a seca", perceberam o que mudou nesta seca em relação às anteriores e que elementos ainda permanecem os mesmos. Discutiram sobre as políticas governamentais para o período de seca e constataram que não mudaram, permanecendo a mesma perpsectiva de combate à seca, com medidas apenas emergenciais, fortalecendo a indústria da seca e os interesses eleitoreiros. Refletiram sobre a importância do resgate das sementes crioulas para o fortalecimento da convivência com o semiárido e as políticas que envolvem as sementes no Brasil e no mundo. 

Outro momento importante foi o da construção do Planejamento Estratégico da CPT Ceará. O ano de 2012 foi dedicado, de maneira especial, a um processo de fortalecimento institucional, que deve culminar também na contrução de um Planejamento Estratégico. Com base nos que já foi elaborado durante este ano, os agentes discutiram que CPT querem para os próximos cinco anos, quais os objetivos, iniciativas e beneficiários da ação para este período.

No dia 18 de agosto de 2013, em Sobral, acontecerá a 16ª Romaria da Terra do Ceará. Portanto, os agentes participantes da Assembléia fizeram alguns encaminhamentos relativos à Romaria. Entre eles, escolheram o tema da Romaria, a partir de propostas trazidas das equipes diocesanas. Depois de um momento de discussão, escolheu-se o seguinte tema: TERRA, ÁGUA, COMUNHÃO: BEM VIVER EM NOSSO CHÃO!".

A partir das mudanças feitas no Estatuto da CPT, a Assembléia também se deteve na análise das mudanças necessárias a serem feitas no Regimento Interno e, em seguida, aprovaram o Regimento com as devidas modificações.

A Assembléia Regional tem também a competência de escolher a nova coordenação da CPT CE. A partir no Regimento aprovado, o Conselho Regional apresentou aos presentes os nomes indicados por este Conselho para compor a Coordenação Executiva Regional, colegiada, para o próximo triênio (2013-2015), sendo eles: Cícero Claudiano Sobral do Nascimento (reconduzido), Thiago Valentim Pinto Andrade (reconduzido) e Lucimar Dios de Oliveira. A Assembléia referendou os nomes indicados pelo Conselho.

A Assembléia foi marcada por momentos celebrativos fortes e clamores que vinham do povo, principalmente das Comunidades Quilombolas. Ana Eugênio, da Comunidade Quilombola do Veiga, em Quixadá, esteve presente e partilhou as lutas das comunidades quilombolas do Ceará e convocou a CPT a assumir estas lutas.

Por fim, foram agendadas as principais datas para o ano de 2013.

Os agentes avaliaram a Assembléia positiva no geral, bem participava, madura nas discussões e decisões e afirmaram ter sido um momento de fortalecimento da caminhada e de reafirmar o caráter pastoral e a missão da CPT no serviço aos camponeses e camponesas do Ceará.
Fotos: Thiago Valentim/CPT







Fonte:Blog CPT Ceará

“Não aceitaremos mais promessas vazias”, declara assembleia Guarani e Kaiowá


Mais de 300 Guarani e Kaiowá, reunidos no Aty Guasu - grande assembleia dos povos Guarani do Mato Grosso do Sul - concluíram o encontro declarando às autoridades brasileiras: "não aceitaremos mais promessas vazias". Os indígenas estiveram reunidos no município de Douradina, entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro na aldeia Panambi.

Do Cimi
Com representação de todos os tekoha - "o lugar onde se é" Guarani, seja aldeia, retomada ou acampamento -, os indígenas fizeram duras críticas aos poderes executivo, legislativo e judiciário brasileiros, sintetizados no documento final do encontro. Para eles, os Guarani e Kaiowá vivem um contexto de massacre silencioso que "banha nossas terras apenas com o nosso sangue", acusando que "este estado de genocídio é reforçado pelo governo brasileiro".
Leia o documento final da Aty Guasu na íntegra
A assembleia Guarani culminou com a visita de uma delegação do poder público composta pela presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), representantes do Ministério da Justiça, da Cultura e da Agricultura, Polícia Federal e Força Nacional, além da Polícia Civil de Dourados e de parlamentares do Mato Grosso do Sul e da Câmara dos Deputados.
"Queria deixar a minha palavra aos três poderes: que ouçam o nosso grito. Nesta terra está um pedaço da nossa carne. Nessa terra aqui está o sangue dos nossos antepassados, os ossos das lideranças interrompidas. Essa é a terra que nós queremos", falou Oriel Benites, de Limão Verde.
Dezenas de relatos das comunidades sobre as violências e ameaças sofridas pelos Guarani e Kaiowá foram minuciosamente repetidos pelos indígenas aos membros do governo. Quando falavam das retomadas e dos territórios de seus ancestrais, os Guarani jogavam terra nos pés dos representantes do governo. Quando falavam dos mortos, abriam banners enormes com fotografias de lideranças assassinadas e cujos processos judiciais estão todos parados ou já prescreveram.
"A gente tá ameaçado. A gente sofre violência; as mulheres, estupro", disse Otoniel Guarani, liderança do Conselho Continental da Nação Guarani à delegação governalemental. Naquele instante, os indígenas ameaçados e todas as mulheres presentes no encontro se levantaram e encararam o governo. Otoniel continuou: "nós estamos falando isso cara a cara pra vocês verem. Nós não podemos mais esconder nossa cara".
Governo na corda bamba

A vinda da gigantesca comitiva do governo federal não foi suficiente para convencer os Guarani e Kaiowá de que o poder público está interessado em resolver o seu problema. "Nós achávamos que vocês iam nos trazer aqui propostas concretas", disse Oriel à delegação que visitou o Aty Guasu.
"Nós votamos em vocês, nós elegemos vocês. E agora parece que vocês querem acabar com a soberania Guarani", disse a liderança Ládio Veron à delegação.
"Já tá passando já. A gente não confia muito. Um dia, nossos antepassados confiaram. A gente não confia mais", disse Elpídio, liderança Guarani de Potrero Guasu, à presidenta da Funai. "Eu já avisei o governo que eu ia retomar a minha terra. Eu vou voltar lá pra Potrero onde está os meus avós. Nós vamos fazer a retomada. Vocês tem que fazer a lei pra resolver isso. Porque a gente vai retomar a terra". Em seu depoimento, Elpídio também expôs relatos dos mais antigos sobre parentes Guarani Nhandeva mortos pela ditadura militar.
Os indígenas cobraram do governo o cumprimento das obrigações constitucionais. "O governo brasileiro somente faz algo concreto para nos proteger quando há grande repercussão na imprensa e pressão da sociedade - e não por obrigação constitucional, como deveria ser", declararam os Guarani e Kaiowá no documento final do Aty Guasu, entregue aos representantes do poder público junto das cartas das comunidades.
Indenização para fazendeiros

Como solução aos problemas fundiários no Mato Grosso do Sul , o governo levantou o debate sobre a indenização integral aos fazendeiros.
"Minha preocupação é quando falam em dinheiro. Dinheiro é bom pro não-índio, é o que resolve o problema dele. O nosso não", questionou o professor Kaiowá Anastácio Peralta.
"Vocês vieram falar da solução do problema do fazendeiro, não do nosso", continuou. "O nosso problema é que a gente não tem terra, e quando a gente retoma, a terra está degradada. A gente tem que encontrar uma solução pra esse problema. Esse é o problema do índio", apontou.
"Se existe dinheiro, ele tem que ser usado para a Nação Guarani! Querem dar dinheiro pra quem nos roubou?", disse Ládio. "Os indígenas é que têm que receber o dinheiro. Pelos aviões que passam jogando veneno. Pelos mortos todos", concluiu.
"O capim é do fazendeiro. Se quiser levar o capim, pode levar. Mas a terra é nossa", ironizou Elpídio.
"Essa discussão é feita de um jeito muito estranho. Estamos mostrando as irregularidades dos fazendeiros na nossa terra. Mas o poder executivo simplesmente não se questiona se essas terras eram dos indígenas!", disse a liderança Kaiowá Eliseu Lopes, representando a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) no encontro.
PEC 215 e Portaria 303

"Pro governo e o Congresso mostrarem que quer nos ajudar, eles tem que acabar com a PEC 215, a Portaria 303. Isso precisa ser parado", afirmou a liderança Lindomar Terena, da retomada Mãe Terra, em Miranda (MS), que também participou do encontro.
Quanto a isso, os Guarani e Kaiowá são igualmente taxativos. No documento final do encontro, reafirmam: "não aceitaremos mudança constitucional", referindo-se à Portaria 303, proposta da Advocacia Geral da União (AGU).
A Proposta de Emenda Constitucional 215 (PEC 215) intenta transferir para o Congresso Nacional a competência de aprovar a demarcação das terras indígenas, criação de unidades de conservação e titulação de terras quilombolas. Já a Portaria 303 pretende permitir que terras indígenas possam ser ocupadas por empreendimentos hidrelétricos e minerais de cunho estratégico, sem consulta aos povos indígenas.
"Não adianta a gente retomar e nem o governo demarcar, se o governo vem com PEC e Portaria. Isso precisa acabar", disse Anastácio.
Direitos e representatividade

"Não estamos pedimos para ser amados, e sim para sermos respeitados e ouvidos", escreveram os jovens Guarani e Kaiowá às autoridades.
Foi nesta tônica que os indígenas apresentaram ao governo suas reivindicações. Eles exigem que o governo reconheça suas formas de organização como representações legítimas dos povos Guarani do Mato Grosso do Sul, que devem ser ouvidas pelo poder público. "O Estado tem que consultar o Aty Guasu e a Comissão de Professores. Não adianta só dizer que vai demarcar, mandar a Força Nacional... Nós queremos discutir política, segurança, educação", disse Otoniel. "Nós queremos pautar muitas coisas. Temos que ter garantida a nossa autonomia, sustentabilidade. Saúde de qualidade com política diferenciada. Primeiro, tem que ter atedimento também pras famílias das retomadas [e não só para as aldeias]. E tem que ter educação diferenciada, tem que ter concurso público diferenciado".
Laranjeira Nhanderu
"A Polícia Federal tem que ir agora lá em Laranjeira Nhanderu abrir a estrada. Isso é a coisa mais urgente, vocês vieram aqui e tem fazer isso. Eu tô cansado de ouvir vocês falarem, falarem, prometerem, prometerem. Eu estou sem palavra pra ouvir vocês", exigiu Eliseu.
Antes do término da reunião com o governo, a Polícia Federal se comprometeu a imediatamente ir até a retomada Laranjeira Nhanderu e desfazer o cerco dos fazendeiros à retomada.
No dia seguinte, contudo, lideranças indígenas foram ao local, e a cerca permanece onde está, intocada. Os indígenas continuam em situação de cativeiro.

Fonte: CPT Nacional

CPT CEARÁ REALIZA XXIII ASSEMBLEIA REGIONAL


Teve início na manhã desta quarta (05/12), no Centro de Formação do Cristo Rei, em Fortaleza, a XXIII Assembleia Regional da Comissão Pastoral da Terra do Ceará. Estão participando da assembleia representantes da CPT das Dioceses de Sobral, Crato, Crateús, Quixadá, Itapipoca, Iguatu e Arquidiocese de Fortaleza. A Equipe Diocesana da CPT de Sobral está representada na Assembleia por Pe. Mesquita, Ir. Fátima, Ir. Francisca Mendonça e Reinaldo.

A assembleia contará com socialização das tecnologias sociais de convivência com o semiárido e a seca, sendo assessorado por Pe. Maurízio da Diocese de Crateús; avaliação das equipes diocesanas relativa ao exercício do ano de 2012; apreciação do planejamento das equipes para o exercício do ano de 2013; análise de conjuntura atual do campo e da CPT em vista da construção  do planejamento estratégico da Comissão Pastoral da Terra; análise do Regimento Interno da CPT e aprovação das modificações; homologação de nomes para compor a coordenação executiva da CPT Ceará e homologação dos representantes das Equipes Diocesanas  que comporão o conselho regional; escolha do tema e encaminhamentos da 16ª Romaria da Terra que será sediada em Sobral; e planejamento e agendamento.

Missão da CPT

Convocada pela memória subversiva do evangelho, da vida e da esperança, fiel ao Deus dos pobres e aos pobres da terra e da água. A Comissão Pastoral da Terra quer ser uma presença ecumênica, solidária, afetiva, fraterna, profética e de esperança, prestar um serviço educativo e transformador junto aos povos da terra e das águas, para estimular e reforçar o seu protagonismo.

A CPT reafirma seu caráter pastoral e retoma, com novo ardor, o trabalho de base junto aos povos da terra e das águas como: convivência, promoção, apoio, acompanhamento e assessoria.
1. Nos seus processos coletivos: de conquista dos direitos e da terra, de resistência na terra e de produção sustentável.
2. Nos seus processos de formação integral e permanente: a partir das experiências e no esforço de sistematiza-las; com forte acento nas motivações e valores, na mística e espiritualidade.
3. Na divulgação de suas vitórias e no combate das injustiças: sempre contribuindo para articular as iniciativas dos povos da terra e das águas; e buscando envolvimento de toda a comunidade cristã e da sociedade, na luta pela terra e na terra, no rumo da "terra sem males".

EQUIPE DIOCESANA DA CPT SE REUNI NA DIOCESE DE SOBBRAL



A Equipe Diocesana da CPT da Diocese de Sobral se reuniu na sala de reuniões da Cáritas Dicesana na manhã desta terça (04/12) tendo como objetivo socializar o planejamento para os anos de 2013 a 2014. A reuniu teve início com um momento de mística que foi conduzido por Ir. Fátima. Durante a mística os agentes da CPT fizeram memória dos fatos marcantes que forem vivenciados em suas comunidades. 

Após o momento de mística Reinaldo fez a socialização da Planejamento da CPT. As metas definidas para a CPT na Diocese de Sobral para os anos de 2013 a 2014 foram as seguintes:

1. CPT Diocesana fortalecida institucionalmente, com comunidades mapeadas e agentes capacitados;
2. Famílias impactadas pelos grandes projetos sendo acompanhadas e subsidiados na garantia de deus direitos;
3. Jovens tendo fortalecido sua identidade camponesa fazendo uso de alternativas de convivência com o semi-árido;
4. Famílias sendo acompanhadas e subsidiadas na garantia do acesso a terra;
5. Comunidades tendo resgatado sua identidade camponesa e fortalecido suas lutas através da Romaria da Terra.

Foi encaminhado que os 2 conselheiros que representarão a CPT da Diocese de Sobral na CPT Regional nos próximos dois anos serão Ir. Fátima e Reinaldo.

A equipe se reunirá novamente após a reunião da Coordenação Geral da Romaria da Terra que será realizada na Cúria Diocesana no dia 19 de dezembro a partir das 8h.

Nos dias 20 e 21 de dezembro será realizado Encontro de Formação e Preparação para a Romaria da Terra. Local: CENTRESUM